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Nas mulheres. No amor. Cabeça primeiro. Não a de cima, a cabeça de baixo. É. É? Eu também. Nunca estive com uma mulher. Sempre soube que eu era diferente. Em certa idade, entendi qual era a diferença. Ainda não ouvimos a história da Nina. Vocês ouviram? Minha saída do armário foi um pouco diferente. Contei para algumas delas, mas tem muito mais. Meu primeiro ano de faculdade, eu sabia que era diferente. Então tomei a decisão de me assumir e ser gay. No meu segundo ano, candidatei-me a representante e um grupo secreto de ódio. Grupo secreto de ódio? No campus decidiu que iriam me intimidar. Invadiram meu dormitório. O quê? Escreveram “viado” na minha porta. O quê? Deixaram mensagens de voz na caixa de recados dizendo que iam me matar. Usaram um decodificador de voz, tipo do “Pânico”. Então não há estabilidade, porque você não reconhece a voz, não há segurança. Você não sabe quem está ligando do outro lado. Eu estava vivendo essa vida dupla, acho que vários gays vivem também. Era assumido para meus amigos, mas minha família não sabia. Por conta dessa constante intimidação, minha vida sendo ameaçada, fui forçado a contar aos meus pais. Porque meus amigos diziam: “Você não consegue sozinho”. Então liguei para meus pais e contei que eu era gay. Contei por que tive que contar, que eu estava sendo acossado e intimidado, com minha vida ameaçada. Minha mãe perguntou se eu queria deixar a faculdade. E meu pai só disse: “Que seja, você é perfeito. O que você quiser fazer. Faça”. E na manhã seguinte meus pais foram ao campus, e acho que todos sabemos que não é fácil, mas a melhor parte é poder falar, e permitir que as pessoas participem. Não consigo imaginar passar por isso. É algo muito assustador. Mas foi na época do Matthew Shepard, não sei se vocês lembram. Matthew foi pego em um bar e deixado à morte no meio de uma plantação de milho, em uma cerca, porque ele era gay. E ele morreu por ter sido muito machucado. Isso foi assustador o bastante, certo? Certo. Estar assumido e ser você mesmo em uma cidade pequena. Nunca falei sobre isso. E cheguei aqui, e tem sido algo muito importante de compartilhar.
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