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Onde arranjaram o combustível? Que lhe importa isso? Confiscámolo. Às tropas combatentes? Aos cobardes que fogem do inimigo. Aos que se deixaram ir, demasiado cobardes para defender a cidade. O tapete de Bayeux. Quadros de Ru, dois de Caravaggio. Enrolados, sem marcas, para levarmos no portabagagem. E a Mona Lisa? Himmler só quer estes. Chegaram demasiado tarde. Recusase a obedecer a uma ordem de Himmler? O seu antecessor será executado esta manhã em Berlim, num gancho de carniceiro. A mulher dele e os filhos também, devido à lei Sippenhaft. Aposto que aqui deve haver mais uns quantos conspiradores. Aristocratas! Bressensdorf! Tem notícias do Hegger? Nenhumas, meu General. Restabeleça a comunicação e descartese desses palhaços! Tenente. Obrigado. Meus senhores. Toda Paris está minada. Dentro de poucos minutos tudo explodirá. Todas as pontes. NotreDame. Os Inválidos. A Torre Eiffel. A minha esposa tinhame pedido um postal. É a única coisa que restará. Posso? Sim, faça o favor. Gosta de Paris? Mais do que da Rússia. Onde estava? No cerco de Kharkov, com o General von Choltitz. Sabe o que é a Sippenhaft? A.? A Sippenhaft. Sabe o que é? Não. É uma lei. Foi promulgada no dia anterior à minha chegada a Paris. Estou encantado. Quer saber o que diz essa lei? De há dias a esta parte, a família de qualquer oficial alemão é considerada refém. A família responde pelos nossos actos. Se Paris não for destruida, a minha mulher e os meus filhos serão detidos, presos e executados. Custalhe a acreditar? Aqui tem. Eis o decreto assinado por Adolf Hitler. A Alemanha tem medo, Sr. Cônsul. Para se proteger, recorre às piores práticas da Idade Média. Obediência cega e incondicional. Entre! Meus senhores. A reserva privada do proprietário, diretamente da adega. Está bom. Sr. Cônsul, quer comer alguma coisa? Fumar um cigarro? Também temos um Camembert. Obrigado. Menina. Meus senhores. Destruí uma dúzia de cidades nesta guerra. A maioria eram objetivos estratégicos. Filo sem quaisquer escrúpulos, apenas porque era necessário. Estou ciente que a destruição de Paris não nos vai fazer ganhar a guerra, mas amo os meus filhos.
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