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Eu sou o Governador de Paris e só a mim me cabe responder. Você vê um crime, Sr. Cônsul? Eu só vejo um acto de guerra. O avanço dos Aliados autorizao a destruir a cidade? É a melhor resposta que posso darlhe. Não o preocupam as relações entre a França e a Alemanha? Que relações? As que unem dois povos vizinhos. Não tenha ilusões. Se destruir Paris condena qualquer relação futura entre os dois países. No entanto, não chegámos a esse ponto. É claro que sim. O seu dever é deixar uma porta aberta ao futuro. É meu dever? Como alemão e como homem. Certamente que não! O meu dever é levar os meus homens à vitória, não importam os meios. Tudo o mais não tem absolutamente importância nenhuma. Francamente, não o entendo, meu General. Não pode fazer tal coisa. Paris não lhe pertence! Quando deixará de considerar Paris como uma cidade francesa? Se ao menos os parisienses a tivessem defendido ou não sei, queimado. Como fizeram os russos em Moscovo, diante de Napoleão. Mas não, ofereceramna, com as pernas bem abertas, como uma puta. Agora esta cidade é nossa e dispomos dela como quisermos. Paris não pertence a ninguém. Em que qualidade está aqui? Como Cônsul da Suécia ou como alcaide desta cidade? Nem um nem outro. Esta noite sou só Raoul Nordling. Muito bem. Então, ouçame atentamente, Sr. Raoul Nordling. Porque vou ser muito claro. Não me vai fazer mudar de opinião. Recebi ordens, e cumproas. Em detrimento de milhares de vidas humanas? Absolutamente. E de uma cidade insubstituível? Sim. Enquanto isso, está aqui comigo e aconselhoo a deixar esta cidade o mais depressa possível. Não tenho mais nada a dizerlhe. Enganeime. Enganeime a seu respeito e em relação a mim. Acreditei que vindo aqui poderia dissuadilo de fazer uma loucura. Presumi demasiado àcerca das minhas capacidades. Nunca mais veremos este amanhecer. Nunca mais veremos o Louvre nem a Praça da Concórdia. Nunca mais veremos essas crianças a brincar nos parques e as torres de NotreDame. Tudo vai desaparecer para sempre. E não tem nenhum remorso? Não. Que tipo de homem é você? Sabe muito bem que destruir Paris não servirá de nada.
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