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E pode ser mais tarde, vamos manter-nos positivos. De qualquer forma, estamos a bordo de uma bomba em direcção à Terra. É isso mesmo. E eles sabem disso. E se sugerires um pouso com segurança? Vá lá, Stone. Eles são fanáticos, querem ver o mundo a arder. E também querem sobreviver. Não vai resultar. Por que não? Porque eles não têm medo de morrer. Não pretendo ficar sentada á espera da morte. Não achas que vale pelo menos perguntar-lhes antes de entrarmos lá apontando-lhes á cabeça? Boa sorte, ursinho carinhoso. Talvez entreguem os relatórios que prometeram também. Estás livre para tentar. Argun! Argun! Argun, quero falar contigo! Sabemos qual é o teu plano. Deve saber que não há como sobreviver. Então quero propor uma trégua. O Bridges pode fazer o pouso com segurança. Ninguém morre. E o que acontecerá connosco? Vocês cortarão as nossas gargantas. Estarás melhor do que estás agora. Como posso saber que não é um truque? Porque eu assumi um grande risco indo até á tua cela. Tu assumiste. E sei que os teus amigos odiaram. Por que eu confiaria neles? Porque eles não querem morrer. E quando aterrarmos ninguém me vai calar sobre o que aconteceu aqui. Manda o teu piloto antes que eu mude de ideias. Como é que vou confiar em ti? Vais ter que confiar em mim. O que vais ganhar ao manderes essa estação para Moscovo? Ou no meio do oceano, se o vento mudar? Milhares de pessoas inocentes morreriam e ninguém saberia que estavas aqui. Não há mais a ganhar ao mostrar ao mundo o que estava a acontecer aqui? Pensa nisso. Quando divulgarmos este programa, poderás divulgar a tua causa para o mundo todo. Contar a injustiça que sofreste. Está a tentar ajudar-se a si mesma, Dra. Stone. Você diz que é pelo seu país, pelo humanitarismo. Muito idealista e racional. Essa é uma combinação poderosa. E, ainda assim, tudo o que propõe é que nada é mais importante do que ficarmos vivos. O que, se pensarmos racionalmente, não é diferente do que a forma que a besta mais selvagem ou o insecto mais simples funciona. Acreditamos em algo, Dra. Stone. Algo maior do que comer sushi, beber vodkca e conduzir carros eléctricos que alimentariam uma vila em África.